Artigo da Sessão “Self-Care” da Revista Capricho, edição 4985, ano 2055

Por Gustavo Denani

O “bonding” vem sendo uma prática cada vez mais comum entre pessoas que buscam uma outra intensidade de intimidade, seja consigo mesmas, seja com um parceiro. A prática começou em Kiev Ocidental e ganha cada vez mais adeptos em lugares com acesso ao gel cortical-anticoagulante (ou gel cirúrgico). É gostoso usar? Sim! É perigoso? Talvez! Para responder às suas dúvidas, conversamos com a doutora Alena Teixeira Gyuch, ginecologista e traumatóloga.

Mas primeiro, um checklist de segurança!

  • Escolha um local limpo, com fácil acesso a produtos de higiene;
  • Não faça com estranhos! Além do risco de pegar uma infecção, nunca se sabe se ele pode ser um rouba-rim;
  • Tenha sempre um cronômetro para marcar a regra do 30-30-3 (30 segundos para oxigenação, 30 minutos para perda de sangue, 3 horas para dissociação corporal).

Tudo pronto? Então vamos para o passo-a-passo!

1. Tire a roupa! Mesmo que o gel interrompa o sangramento em até 95%, você não quer sujar sua blusa ou calça com a gosminha dos órgãos.

2. Passe o gel na região central da barriga e espere 5 minutos para fazer efeito.

3. Com um bisturi desinfetado, faça um corte um pouquinho abaixo do peito, descendo um palmo e passando pelo umbigo.

4. Repita os passos 1, 2, e 3 com ele.

5. Você vai sentir um friozinho e uma cócega no corte. Com os dedos indicador e médio, comece a abrir devagarinho. Faça o mesmo com o corte dele.

6. O corte vai começar a abrir sozinho. Se for sua primeira vez, não se assuste: é um pouco bagunçado e melequento mesmo!

7. Com o indicador, comece a explorar o que tem dentro. Está sentindo uma parte mais enrugada? É o intestino grosso! Com o dedo indicador, tente enganchar ele e comece a puxar devagarinho. Faça o mesmo com ele, lembrando que meninos são inseguros em mostrar o que têm dentro!

8. Sinta a sua parte com a dele. Entre nele, e deixe ele entrar em você. Se não for sua primeira vez, tente sincronizar com ele o movimento peristáltico.

9. Deixe rolar, mas…

10. Olhe o cronômetro! Após 3 horas de bonding, são altas as chances de “‘This Ain’t My Guts’ Syndrome” – TAMGS.

E aí, como foi para você?

Segundo a doutora Gyuch, o bonding ajuda a compreender e ultrapassar os limites do nosso corpo, compartilhando a exploração interior com alguém especial.

Com o tempo você pode notar e sentir outras partes que são desconhecidas e se escondem dentro da gente, como o baço, o pâncreas, a vesícula biliar, e as glândulas. Só tome cuidado para não puxar demais!